Project Description

António Lourenço, natural de Alvaiázere, tem 50 anos, 38 dos quais dedicados à arte de calceteiro. Ainda recorda que começou a 22 de Abril de 1983. Com a ajuda “do martelo e pouco mais”, foi o primeiro da família a enveredar pelo ofício, que foi aprendendo ao ver os outros a fazer. Começa por ajeitar o chão, colocar o pó e tirar os pontos até que já possa assentar a pedra, sobretudo calcário e algum granito, que vem de regiões vizinhas, como Rabaçal e da Cumieira. Os paralelos são encostados uns aos outros até ao resultado final. “Quando necessário, leva cimento por cima ou areia”, acrescenta.

É um “trabalho duro e mal pago”, o que pode ajudar a explicar que haja “pouca gente que queira aprender”.

Ainda assim, o sector tem sofrido melhorias, a começar pela matéria-prima, que é de melhor qualidade. A pá e picareta foram sendo substituídas por maquinaria e mesmo as batidas com o maço, para compactar, são agora mais fáceis, podendo ser feitas de forma mecânica.