Project Description

Manuela Santos habituou-se, desde nova, a levar o cesto com o almoço ao pai, pedreiro de profissão desde que tem memória. Eram tempos difíceis, árduos, de sol a sol. “Era um trabalho escravo e ganhava-se uma miséria”, diz-nos a moradora de Campelo, acrescentando que, quando começou a ter mais noção das coisas, percebeu que a jorna era paga a 40 escudos.

Sem as facilidades dos dias de hoje, o processo era todo manual, com o martelo de um lado e o bico do outro para ajeitar a pedra, tão fundamental na época, às necessidades das obras.

A matéria-prima vinha das pedreiras existentes nas zonas serranas, à beira dos caminhos. Os carros de bois ainda eram a principal força motriz para a trazer até aos locais de trabalho.